19 de março de 2010

A DISPUTA PELOS ROYALTIES!

O capitalismo cria demandas e necessidades que em uma sociedade sem classes não existiriam. Cria também atritos e divergências inimagináveis em um mundo sem exploração. Vejamos o caso dos royalties do petróleo.
A indústria capitalista cria o conceito de royalty que teria como função reparar as administrações públicas por inconvenientes advindos da exploração desenfreada dos recursos naturais, como acontece, por exemplo com Macaé, que sofre com o inchaço em sua população numa cidade sem infra estrutura para atender seus próprios habitantes, multiplicando problemas como prostituição infantil, falta de saneamento básico, aumento da favelização, etc.
Acontece, que mesmo tendo acesso a essa indenização, cidades como essas continuam devendo condições dignas à sua população.
O governo do Estado reclama a perda de 7 bilhões de reais com a dita Emenda Ibsen, mas não explica para onde tem ido esse dinheiro todos esses anos. Em recente audiência pública da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, o SEPE-RJ demonstrou que mesmo sendo o 2º estado em arrecadação, o RJ é o 17º (entre 17 com dados disponíveis) quando o assunto é salário dos servidores.
As riquezas naturais pertencem aos trabalhadores e como tal, o petróleo deve servir para solucionar os problemas crônicos da população brasileira. Tudo que se arrecada com o petróleo deve ser apropriado por quem o extrai do subsolo e não pelos capitalistas “donos” das empresas diretamente ou pelo Estado que mantêm o poder da burguesia.
A discussão então não é se os royalties são do Rio de Janeiro ou não, mas e o petróleo é do povo que trabalha ou da burguesia sangue suga que se apropriou dos meios de produção.

15 de março de 2010

DOMINGO É DIA DE FUTEBOL!

Na várzea, a diversão e a confraternização estão garantidas. Os times de pelada fazem a festa dos que jogam e dos que assistem. Um antigo professor da Escola de Educação Física da UFRJ dizia que aprendia muito vendo uma simples pelada num campo de terra batida e eu concordo plenamente. Há também na várzea jogos mais competitivos, que em muitos casos elevam as rixas às vias de fato, mas a diversidade e democracia que se observa nesse esporte e que o fez preponderante em nosso país é o que o tem feito se perpetuar em todos os estratos sociais.
No futebol profissional a paixão centenária leva milhares aos estádios (é certo que o apetite tão voraz de dirigentes, rede globo, agentes, etc. têm arrefecido o ânimo dos torcedores) e à frente da TV.
Ontem, porém o futebol de domingo dividiu espaço na televisão com o “esporte” mais escroto e politicamente incorreto que pode existir. Enquanto na globo a Fórmula 1 fazia sua estréia em 2010, na Bandeirantes a estréia era da Fórmula Indy. Em ambas as fórmulas o número de competidores brasileiros é enorme, o que serve como chamariz aos incautos.
Procurando algo interessante na telinha (não tenho TV à cabo) me deparei na Bandeirantes com um emocionado Luciano do Vale quase chegar às lágrimas com o hino estadunidense. Aquilo me embrulhou o estômago, principalmente quando sabemos o quanto se queima de combustível fóssil nessa brincadeirinha de menininho rico filhinho de papai e o quanto se poderia fazer com o que é gasto nisso.
Onde está a graça em ver carros girando em uma pista, muitas das vezes sem que identifiquemos carros ou pilotos?
O que tem o futebol de viabilizador de encontros, trocas e confraternização tem a corrida de carro de enfadonha e segregadora. O que tem o futebol de democrático e propiciador do protagonismo tem a corrida de carro de elitista e alienadora.
Para o capitalismo, que nos quer consumistas ao extremo, que tem incutido nas mentes e corações dos brasileiros que todos devemos ter um carro, a despeito da poluição, das vias engarrafadas, da degradação do transporte de massas e coletivo e da pauperização das reservas energéticas naturais, nada mais à calhar que essa profusão de fórmulas bilionárias, que nada tem de esporte, diversão e nada a ver com o domingo.

INFORMES DA REDE MUNICIPAL 15/03/10

Estaremos amanhã, 9 horas, na Câmara Municipal para conhecermos a nova Comissão de Educação da Câmara. O vereador Reimond não foi reeleito presidente, o cargo ficou com um tal de Claudinho do posto.
No dia 17/03 (Quarta-feira) haverá assembléia da rede municipal às 18 horas na ABI, na rua Araujo Porto Alegre, no Centro.
Nessa assembléia daremos o pontapé inicial à nossa campanha salarial, quando teremos os informes de nossas perdas salariais dos últimos anos, assim como a evolução da arrecadação municipal.
Discutiremos também a delicada situação pela qual passam as merendeiras da rede, sendo remanejadas aleatoriamente para que a SME aloje a COMLURB.
Discutiremos as estratégias de luta para a conquista do plano de carreira unificado para professores e funcionários.
Debateremos inclusive as “novidades” pedagógicas da prefeitura, como a adoção da cartilha Alfa e Beto, já tão combatida pela categoria em São Gonçalo.
Só a participação massiva da categoria poderá converter em vitória as nossas aspirações.