20 de abril de 2010

O CORDEL DO BIG BROTHER!

RECEBI ESTE CORDEL POR EMAIL E ME SENTI NA OBRIGAÇÃO DE REPERCUTÍ-LO.


BIG BROTHER BRASIL



Autor: Antonio Barreto
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral..

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira..
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

19 de abril de 2010

SE O JUIZ NÃO ROUBAR, SOU MAIS FOGÃO!

O Botafogo ganhou o jogo antes de o juiz iniciar a partida.
Ganhou quando a torcida tomou as arquibancadas, se comprimindo em pé nos setores verde e amarelo, pois na arquibancada branca só se vai quando se está com crianças. E o jogo de ontem era pra cascudo.
Ganhou quando percebeu que teria respaldo de sua fiel torcida, que mesmo depois do time tomar de 6 do bacalhau e ser eliminado da Copa do Brasil em casa, não esmaeceu e compareceu em maior número que a do rival. Daquele time que diz ter a maior torcida do mundo.
O jogo em si foi mais um daqueles testes pra cardíacos, que ainda bem passei.
O time foi todo guerreiro. O Fahel parece ter encontrado a sua posição no time. A dupla de ataque que fala castelhano mostrou a garra tão esperada pela torcida e tão negada por alguns jogadores. Somália, se lhe falta técnica para cruzar uma bola, lhe sobra disposição para correr e marcar. Até o Alessandro, tão criticado, inclusive por este que escreve, mostrou uma superação tremenda, protagonizando inclusive jogadas de efeito. Além é claro do Fábio Ferreira. Que elegância, corre com tamanho requinte, corpo ereto, sem olhar pra bola, sabe exatamente onde ela está.
E o nosso arqueiro? Merece um parágrafo só pra ele. Não seria ufanismo pedir uma vaga na seleção pro Jefferson. Preciso, seguro, frio, confiante e com uma técnica de dar inveja a qualquer time. Está se especializando em pênalti, se não o tira com as mãos, defende-o com os olhos. Qualquer batedor deve tremer em sua frente.
Nossa torcida foi um espetáculo à parte. Além de incentivar todo o tempo, comparecer em maior número, fazer o show mais belo, foi de uma criatividade sem precedentes. Algumas paródias que refletem bem o momento do adversário: Ô o cheirador voltou, o cheirador voltou, o cheirador voltou ô. Outra musiquinha: Adriano! É dois, é dois. Adriano! É dois, é dois. Outra: Ó, cadê o império do pó?
Tiramos um peso imenso das costas, aquela urucubaca misturada com falta de idoneidade dos árbitros e passividade do elenco.
Precisamos de reforços pro Brasileirão. Um criador pro meio, mais um zagueiro, laterais... Melhor ficar por aqui e curtir o momento.