1 de junho de 2011

INFORMES DO XIII CONGRESSO ORDINÁRIO DO SEPE-RJ

De 26 a 28 de maio aconteceu o XIII Congresso Ordinário do SEPE-RJ.
Com mais de 1200 delegados credenciados, o Congresso discutiu uma pauta voltada para o momento político atual e os rumos da educação em nosso país, tendo como chamada “Escola não é fábrica, aluno não é mercadoria, educação não é negócio. Contra a meritocracia e a produtividade na educação!”
No primeiro dia, além das homenagens, credenciamento e apresentações artístico-culturais, tivemos uma mesa sobre políticas educacionais, onde foi denunciado o descaso dos diversos governos para com a educação pública e a tendência neoliberal da privatização do ensino, assim como o incentivo à meritocracia, onde a prioridade está nas avaliações externas associadas aos orçamentos, financiamentos e remuneração dos profissionais da educação.
À noite em uma mesa sobre violência, discutiu-se a grave associação entre violência na escola e desvalorização profissional, que vai da baixa remuneração à precarização da mão-de-obra.
No dia 27 tivemos pela manhã uma mesa de conjuntura e à tarde outra sobre concepção sindical e reorganização do movimento sindical. Na discussão de conjuntura sentiu-se a falta do professor Daniel Aarão Reis, talvez por sentir-se constrangido por ter ajudado o governo federal a construir o sindicato paralelo ao Andes-SN. Os outros palestrantes deram conta do recado, principalmente o professor Roberto Leher.
Na mesa de reorganização sindical referendou-se a necessidade premente de reunificação da CSP-Conlutas e Intersindical e que o momento político atravessado pelo país não permite a pulverização do movimento. Na própria 6ª feira tivemos a defesa das 11 teses gerais apresentadas ao Congresso e logo após a discussão da pauta em grupos de trabalho.
No sábado aconteceu a Plenária Final para aprovação das propostas trazidas dos grupos.
Nas votações mais polêmicas aprovou-se a continuação de nossa entidade fora da CNTE, a limitação aos filiados em concorrerem a apenas duas instâncias dirigentes concomitantemente (hoje não há limite, chegando-se ao cúmulo de candidatos concorrendo pelo SEPE Central e mais 6 núcleos/regionais), manutenção do fundo de 4% para a reorganização do movimento sindical e popular até a unificação, manutenção da eleição proporcional sem cláusula de barreira.
O maior Congresso da história de nosso sindicato contou com muita discussão política, pluralidade de opiniões e ampla exposição de idéias, comprovando mais uma vez ser o SEPE-RJ um dos mais (senão o mais) democrático sindicato do Brasil.
O XIII Congresso do SEPE-RJ reafirmou mais uma vez, que a direita sindical e o neo-peleguismo do PT/PCdoB ainda estão longe de se configurar uma ameaça à combatividade de nossa entidade.