11 de março de 2010

POR UM TRANSPORTE DE QUALIDADE EM ANGRA!

Angra dos Reis é uma das cidades mais bonitas que já conheci. Praias belíssimas, arquitetura secular, uma das cidades mais antigas do país. Destino turístico dos mais procurados. Mas sofre com problemas crônicos que uma oligarquia burra e reacionária (desculpem a redundância) teima em não resolver.
A cidade recebe royalties da Usina Nuclear, arrecada com o turismo e com a indústria naval, mas relega sua população à indigência.
A maioria dos bairros, pra não dizer todos, não tem tratamento de esgoto, a indústria da água engarrafada progride, pois ninguém se arrisca a usar a água que sai da torneira. Mas o que me faz traçar essas linhas é o transporte coletivo.
O município conta para seus trajetos internos com apenas uma “empresa”, talvez o maior monopólio do estado, os ônibus invariavelmente estão lotados e atrasados, itinerários de poucos quilômetros consomem quase hora, quando não a ultrapassa.
Na sexta-feira, dia 05 à noite o martírio se repetiu para dezenas de usuários da linha Angra-Divisa Mangaratiba. Passageiros que esperavam desde 18:30 só conseguiram embarcar às 20:00 h. vários foram os que ligaram para a Bonfim (“empresa” que monopoliza o transporte coletivo) e não obtiveram nenhuma resposta do porquê do atraso. O despachante só informava que havia um congestionamento na Rio-Santos que atrasava a chegada dos carros ao centro de Angra. Mas como explicar todos os outros ônibus de outras linhas que chegavam ao ponto final?
A razão é simples. Como o próprio despachante falou, a quantidade de carros na linha é reduzida, pois o empresário mantém os passageiros reféns, só existe essa linha fazendo o trajeto.
Mas assim como o Metrô do Rio tem que estar nas mãos dos trabalhadores, o transporte coletivo de Angra dos Reis também tem que estar.
A população não pode assistir passiva aos desmandos do galego, têm que protestar. Exigir um transporte de qualidade. Muitos já mostraram como se faz.

PIADA COM O ÍNDIO!

A influência dos povos originários na cultura de nossa cidade é muito grande, o próprio termo carioca tem sua etimologia no tupi, querendo dizer “casa de homem branco”. Na música, na gastronomia, na preocupação com o asseio individual, entre outros aspectos culturais, guardamos muita identidade com os antigos habitantes de nossa terra. A despeito da indigência em que várias etnias se encontram atualmente, pelo menos em um aspecto os governos da cidade e do estado privilegiam o seu legado, ambos têm contrato com a ONG Cacique Cobra Coral, que presta “serviços” de prevenção de enchentes.
Parece piada, mas em pleno século 21, com avanços científicos e tecnológicos que podem prever chuvas com semanas de antecedência, nossos governantes apostem em meios tão heterodoxos (para ser eufêmico) para garantir que a cidade e o estado não sofram com as chuvas de verão, quando poderiam se preocupar em manter rios e lagoas limpos, coleta de lixo decente e mais freqüente, tratamento de esgoto adequado (sabe-se que só 4% do esgoto da Zona Oeste do Rio é tratado), manutenção da cobertura verde, freio à especulação imobiliária, etc.
Não me cabe aqui neste espaço fazer juízo de valor de religiões e crenças, mas é inconcebível que se recorra a tal expediente em se tratando de assunto tão grave e que tem levado à morte tantos cariocas e fluminenses todos os anos.

9 de março de 2010

8 DE MARÇO. TODOS À LUTA!

Dia 8 de março de 2010, data que marca 100 anos da luta das mulheres por igualdade, liberdade e dignidade e a primeira declaração que ouço na televisão é do goleiro daquele time dizendo que elas merecem tomar umas bordoadas e que não se mete a colher na briga nada igual entre marido e mulher. Nada mais característico no time que é bastião ideológico do atraso e da dominação burguesa no Brasil.
Já dizia o filósofo que o grau de desenvolvimento de uma sociedade se mede pela dignidade da mulher.
Diferentemente do que tenta nos fazer crer a mídia burguesa, o dia 8 de março não é só para ser comemorado, em que mulheres recebem presentes, flores e chocolate. É uma data que deve ser lembrada como mais um dia (o mais emblemático) na luta de mulheres e homens por uma sociedade livre do preconceito, da desigualdade e da exploração.
Direitos que hoje nos parecem naturais, só foram conquistados através de muita luta. O direito ao voto, a não precisar do nome do marido, ao trabalho assalariado, são conquistas recentes.
A reverência nesse dia às lutadoras e lutadores, que em muitos casos com suas vidas, abriram caminho para a conquista de uma sociedade onde mulheres e homens dividam fraternalmente os frutos do trabalho e da criação histórica da humanidade.

ATITUDE!

Atitude!
O problema foi de atitude, ou pior, por falta dela.
O Botafogo não entrou em campo ontem.
Enquanto o time colorido partiu pra cima desde o início do jogo, o Botafogo permaneceu todo o tempo com o freio de mão puxado, liderado pelo apático Lúcio Flávio e muito bem coadjuvado pelo inexistente Eduardo.
Que o time é limitadíssimo, todos já sabemos, mas se o clube investiu em reforços, por que o Papai Joel, que ontem foi mamãe pros coloridos, insiste em jogadores que há muito não correspondem em campo? Será que há determinação da diretoria para o time perca o segundo turno, para que haja dois jogos nas finais do campeonato, como aconteceu no ano passado?
Todo time reflete em dado momento o seu técnico, ontem o que se viu foi um treinador olhar um jogo em que seu time era completamente dominado e não tomar nenhuma atitude para mudar seu andamento e um time que olhou o outro jogar sem esboçar a mínima intenção de reação.
É humilhante ver um time jogar com 3 zagueiros de área, 2 laterais, 2 cabeças de área que não sabem sair para o jogo e um meia que trava o jogo e não dá uma gota de suor pelo time. É dramático ver um técnico assistir seus jogadores, jogo após jogo serem vaiados, andarem em campo e ter como tática principal o chutão pra frente na espera de uma segunda bola espirrada.
A torcida tem que pressionar. Onde estão as faixas de protesto?
Falta atitude!
A todos!