16 de abril de 2010

INFORMES DA ASSEMBLEIA DA REDE MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DE 15/04/2010

A assembleia contou com mais ou menos 50 profissionais presentes. Discutiu os encaminhamentos da Campanha Salarial e condições de trabalho.
Tivemos informes sobre os casos de violência nas escolas José Veríssimo e General Humberto, a primeira teve a diretora agredida quando foi apartar briga entre estudantes e o segundo foi apedrejado após vários casos de agressão de profissionais. O Sindicato está acompanhando ambos os casos, dando aporte político e jurídico.
Aprovamos uma resolução política que determina a suspensão das aulas em casos de violência contra os profissionais em que o SEPE deva colocar todo seu aparato jurídico e político em prol dos profissionais que tomarem esta postura.
Aprovamos também um Seminário ainda para o primeiro semestre com o tema: Violência e Educação.
Aprovamos a luta para que os funcionários administrativos tenham direito à meia-entrada em eventos esportivos e culturais, assim como os professores.
Aprovamos a confecção de uma camiseta que retrate a importância do profissional de creche enquanto profissional de educação e assim sendo um membro de nossa categoria.
Reafirmamos a importância do Plano de Carreira Unificado, incluindo o Agente Auxiliar de Creche, e assim como outros profissionais tenha a carga horária diminuída.
Sobre a Campanha Salarial, reafirmamos nossa proposta de reajuste de 22% e a necessidade de solidificarmos uma data-base, em 1º de maio. Dentro das possibilidades financeiras do SEPE, colocaremos propaganda em ônibus, Outdoor. Tentaremos nesta campanha explicitar o aumento da arrecadação do município, que tem condições não só de aumentar nossos vencimentos, assim como implementar nosso plano de carreira e contratar mais profissionais, para todas as funções da escola.
Tivemos também informes da portaria sobre Regimento Interno da Rede, que reafirma o caráter consultivo da escolha dos diretores de escolas e deixa a entender que podemos ser obrigados a aplicar e corrigir provas externas. Vamos estudá-lo melhor, à luz do jurídico.
Marcamos uma próxima assembleia para dia 15 de maio, 14 horas, com o Conselho Deliberativo às 9 horas.
Outros informes acessem o sítio do sindicato.

LUTAR POR MELHORIA DO TRANSPORTE É LUTAR PELO SOCIALISMO!

Mais um caso de acidente nos trens da “Super”via, agora um descarrilamento na estação de Deodoro que deixou mais de 50 feridos.
Até quando vamos suportar os descalabros causados por esses tubarões dos transportes? Ônibus caros, desconfortáveis, escassos e lotados. Metrô lotado, acidentes constantes, linhas insuficientes. Trens super-lotados, passageiros chicoteados, acidentes toda hora e atrasos.
Está na hora do povo dar um basta nisso tudo.
Em junho fundaremos uma Nova Central dos trabalhadores, que tem por finalidade não só as lutas sindicais e salariais, mas encabeçar as lutas por melhores condições de vida de toda população, principalmente a que não tem voz, nem em seus sindicatos, pois muitas vezes não os têm e nem em suas entidades populares, na maioria das vezes dominadas por capachos de candidatos eletivos ou pela própria bandidagem.
A luta por melhores condições de vida é parte da luta pelo socialismo e como tal deve servir como elemento educador dos trabalhadores para a tomada do poder.

15 de abril de 2010

SALVEM O CAFEZINHO NOSSO DE CADA DIA!

Os sucessivos desastres que vêm acometendo o Rio de Janeiro, tem me impedido de escrever sobre assuntos que poderiam soar como menos sérios.
Mas me encho de coragem para traçar essas linhas e falar de um incômodo tema, pelo menos pra mim, que é o preço do cafezinho.
Podem rir, mas me incomoda deveras pagar 1 real ou até R$ 1,20 por uma pequenina xícara do famoso “preto fresco passado no saco” .
Sendo um dos maiores produtores do mundo (não sei se ainda o maior) da debênture (talvez por isso tão caro) e sofrendo tão pouca e sofisticada intervenção humana (plantar, colher, secar, torrar e moer são tarefas relativamente simples e antigas) me parece exagerado o que pagamos por cerca de 50 ml do cafezinho.
Se compararmos com a gasolina, que demanda muito mais tecnologia e sofisticação, é que detectamos o tamanho absurdo. O litro do combustível custa por volta de 3 reais (e olha que em outros países é mais barato), uma xícara portanto sairia por 15 centavos, já um litro de cafezinho custaria a exorbitância de 20 reais. Alguma coisa está fora do lugar.
Das duas uma: ou aumentamos a gasolina drasticamente ou paramos de tomar o cafezinho após as refeições.
Ainda bem que não inventaram o carro movido a café.

13 de abril de 2010

DE IGREJAS E DE POSTURAS.

A religião é o ópio do povo!
Marx

Qual a função social e espiritual das Igrejas (falo aqui das instituições e independentemente dos credos)? Que valores preconizam? Que sociedade vislumbram?
Faço esses questionamentos por conta de uma cena que presenciei outra noite num ponto de ônibus na antiga Estrada Rio-São Paulo, esperando o cada vez mais irregular Campo Grande-Itaguaí, da Expresso Mangaratiba (fiquei mais de 45 minutos esperando o dito cujo).
Uma menininha acompanhada da mãe se postou próximo a uma poça d’água e a mãe a repreendeu para que se afastasse dali, pois algum veículo poderia passar por cima da poça e jogar-lhe água suja. Até aí tudo bem. Mas qual não foi meu espanto quando a mãe usou como argumento persuasivo o fato da filha chegar à igreja e os “irmãos” rirem dela se por ventura estivesse suja.
Que instituição é essa que apenas reproduz o senso comum e possibilita a ridicularização de alguém que por acaso não esteja dentro dos padrões de limpeza e asseio convencionados por seus membros? Que instituto é esse que ao invés de solidarizar-se com alguém em infortúnio o exporia à chacota?
Questiono tendo como elementos apenas um fato corriqueiro. Que dizer da postura dessas instituições diante de situações mais complexas e intrincadas! Qual sua postura e de seus membros diante de assuntos como drogas, aborto, pena de morte, invasão do Iraque, ocupação do Haiti? Será que se norteiam pela fraternidade e solidariedade (a meu entender, inerentes às religiões) ou pelo preconceito e manipulação da mídia capitalista? Causa-me medo a proliferação exponencial das diversas denominações (antigas e recentes) na mesma proporção das mazelas do capitalismo, sem que o povo tenha força e organização suficientes para lhes por fim. E aí cito ambas.
Reafirmemos, pois, a máxima marxista: “A religião é o ópio do povo!”

12 de abril de 2010

TUDO COMO DANTES NO...!

Fim de semana de semi-finais no campeonato carioca e o que já era de se esperar acontece: Botafogo pega novamente aquele time na final, novamente eles chegam com um gol arranjado, fruto de um pênalti “mandraque”, pênaltis contra eles não marcados (com “S” mesmo) e marcação de impedimento duvidosíssimo, assinalado com prontidão inusual em nossa arbitragem.
Novamente também, a grobo foi o único meio de comunicação que viu pênalti praquele time. Na band o locutor disse que o jogador urubu foi “esperto”, como para ele devem ser todos os “espertos” do planalto e se esperteza fosse enganar e jogar por terra todo o trabalho de outrem. Mas como já disse acima, nada pra se estranhar.
No sábado um jogo eletrizante, com Joel querendo nos matar do coração e o time entendendo o recado da torcida, partindo pra cima no segundo tempo, com garra e disposição. Túlio Souza, que contra o Bangu jogou pro gasto, contra o fru-fru não jogou nada e ainda por cima parecia morto em campo. Herrera tem que parar de discutir com o árbitro, pois pode se complicar. Precisamos urgentemente de um homem de criação no meio, não podemos viver de bolas saídas à chutões, da defesa pro ataque, principalmente porque o Loco dificilmente consegue dominar essas bolas.
No mais é não dar bobeira pro azar, ganhar logo a Taça Rio e antecipar o título estadual.

GROBO E FRA, TUDO A VER!

Soou ridículo e causou gargalhadas, a pergunta do Luiz Roberto, narrador da grobo (com “R” mesmo), ao José Roberto Wright sobre a possibilidade do árbitro “dar mais um minutinho de acréscimo” ao jogo, após o gol de empate do Universidad de Chile, na partida de ontem.
O descaramento de locutores, comentaristas (o Wright viu uns cinco pênaltis pros mulambos) e cronistas da grande mídia burguesa é tremendo e chega às raias do inadmissível, quando o assunto é esse time. A dita isenção e imparcialidade tão apregoadas pela grobo e outros meios ficam de lado quando se trata de puxar a sardinha para a brasa daquele que é, no meio esportivo, um dos maiores aparatos do Aparelho Ideológico de Estado.
Eis a função desse time, e como tal deve ser defendido pelas organizações grobo.