4 de março de 2010

SUFOCO!

Foi no sufoco!
Se no final das contas valem os 3 pontos, valeu. Mas precisava ter sido tão sofrido assim?
O Botafogo transformou em dificílimo um jogo que poderia ter sido como qualquer outro desse Campeonato sem surpresas, em que os times pequenos são apenas sparrings de “luxo”.
Tomamos um gol ridículo, em que toda defesa ficou observando o atacante do Duque de Caxias se antecipar numa bola que parecia ser totalmente nossa.
Mesmo antes, mas principalmente após o gol, pressionamos o adversário e não marcamos por completa incompetência do ataque e um posicionamento errado da dupla Caio-Herrera, que caiam pelas laterais e em vários momentos a bola quando chegava à área não encontrava um pé que a empurrasse ao gol.
Empatamos ainda no primeiro tempo, viramos no segundo e poderíamos ter ampliado para 3 a 1, não fosse a displicência do Herrera, que nem tomou distância para bater o 2º pênalti.
Quando tudo indicava que partiríamos para uma goleada eis que o time recua inexplicavelmente e o Caxias toma conta das ações pressionando e levando sufoco à nossa meta. Mesmo com um jogador a mais, demos todo o campo do mundo ao adversário e ouvíamos os gritos do Joel mandando o time se manter na defesa e terminamos o jogo com 8 defensores.
De bom, os três pontos e um ótimo segundo tempo do Caio e a luta de sempre do Herrera. Ao Caio um senão. Foi fominha em alguns lances em que poderia ter passado a Herrera e ao Loco, o que nos teria poupado apreensão e nervosismo.

2 de março de 2010

ESTÃO MATANDO A GALINHA DOS OVOS DE OURO.

Além da ajuda dos árbitros nas derrotas de Macaé e Friburguense, o que mais chamou a atenção na primeira rodada da Taça Rio foi o baixíssimo número de torcedores. Menos de 10.000 nos 8 jogos.
Alcunhado o mais charmoso do Brasil, o campeonato carioca vem sofrendo ao longo dos anos.
Antes disputado por clubes tradicionais da capital e interior, que tinham alguma identificação com as comunidades locais, se tornou um torneio em que times de empresários, de história recente, se esforçam para revelar jogadores para outras equipes. Será que veremos surgir um Zózimo Calazans no Boavista? Um Ronaldo num Tigres? Creio que não.
A barganha política com “dirigentes” de ligas do interior feita pelo herdeiro do Caixa D’água, Rubinho (aquele que afundou o Bangu, jogando às moscas esse clube tão querido de todos que o conhecem, cuja história se confunde com a do próprio futebol) inchou com 16 clubes um torneio que talvez comportasse 10, trepando jogos numa profusão de dias e horários nunca antes vistos.
Um capítulo a parte é o preço do ingresso. Como professor do município do Rio pago 6 reais para ir ao cinema em Bangu, pago 15 reais para assistir a uma peça no Teatro Cândido Mendes, mas tenho que pagar 25 para ver um jogo no Maracanã ou 20 no Engenhão, não vou nem entrar no mérito da qualidade do espetáculo.
Os grilhões “impostos” aos clubes pela TV dita um Botafogo X Duque de Caxias às 21h50 de quinta-feira. Quando há trem, a “Super”via só coloca uma composição para cada destino, atrasando a saída para que todos embarquem.
Resumo: paga-se caro; assiste-se a um espetáculo de qualidade duvidosa; invariavelmente não há surpresa nos resultados; chega-se de madrugada em casa e isso várias vezes por mês.
Quem aguenta?

METRÔ? PANE DE NOVO!

Nem bem postei um artigo sobre o caos no Metrô do Rio e ontem já acontece outra pane, causando revolta e transtorno para milhares de trabalhadores que dependem desse serviço.
Só mesmo tomando em nossas mãos o transporte de massas!

1 de março de 2010

VENDE-SE DE TUDO E P. NO C. DO MUDO!

A cantilena que se iniciou no governo Collor de que o Estado não deveria imiscuir-se na gestão de empresas, que essas eram deficitárias, que o Estado deveria se preocupar com saúde, segurança e educação e que desembocou na “venda” estatais gigantes e estratégicas, tem demonstrado sua total incorreção e de nefandas conseqüências para a população.
A mesma imprensa que dizia que os serviços públicos melhorariam com a privatização, hoje reconhece o precário serviço que presta a Light/Ampla com seus apagões, aumentos nas tarifas e demora nos reparos, denunciam os espancamentos, a superlotação e acidentes nos trens e reconhecem a Oi como campeã de denúncias no Procon. Agora é fácil, já está tudo vendido! E com o apoio da imprensa vendida!
O assunto que tem tomado espaço na imprensa é o caos que se tornou o Metrô do Rio. Super lotado no horário de rush, apagões, confusão nos embarques/desembarques, aumento de intervalo entre um trem e outro, etc.
Além de ridiculamente pequeno em sua malha, São Paulo é totalmente recortada pelo seu, o Metrô do Rio obedece a mais fria lógica do capital, quanto menos trens circulando e menos operadores trabalhando (NA “SUPERVIA” JÁ HOUVE ATÉ TREM ANDANDO SEM MAQUINISTA), significa mais passageiros com menos gasto. Esse raciocínio é seguido tanto pelo Metrô quanto pelas famigeradas empresas de ônibus, reproduzindo a lógica perversa de que em primeiro lugar o lucro em segundo, o lucro e em terceiro, o lucro.
O Estado por sua vez, finge fiscalizar os serviços que deveriam ser de sua responsabilidade. Quando o assunto vem à baila com alguma ênfase, essas agências fiscalizadoras se pronunciam, juram penas, mas quando a poeira abaixa tudo é esquecido.
Aos trabalhadores resta a ação direta, como aquela realizada na metade da década de 80, quando milhares de trabalhadores desencadearam uma revolta contra o aumento da passagem dos ônibus e quebraram dezenas de coletivos. Em poucas horas o preço retornou ao que era antes e os empresários/governos passaram a aumentá-los somente aos finais de semana quando menos trabalhadores estão nas ruas.

RIO 45 GRAUS! AR CONDICIONADO, SÓ NA PROPAGANDA.

Estamos atravessando o verão mais quente dos últimos anos. Acaso? É certo que não!
O modo de produção capitalista é predatório. A devastação do meio ambiente e a utilização de combustível fóssil para a produção de bens de consumo em escala nunca antes vista, são os grandes causadores do aquecimento do planeta.
Nesse início de ano letivo nos deparamos com mais um problema, na já problemática rede estadual de ensino. O programa de climatização das escolas estaduais, iniciado no ano passado, vedou as salas de aula, mas na maioria esmagadora das escolas, os aparelhos não estão funcionando. Os motivos são vários, vão desde ligações elétricas incapazes de agüentar a demanda dos aparelhos, passando por tomadas incompatíveis, chegando até a falta mesmo do aparelho.
O resultado é a impossibilidade da presença de alunos e professores em sala.
Os alunos que já sofrem com falta de professores e funcionários, carga-horária reduzida, falta de merenda e instalações precárias, agora sofrem com o calor, que em algumas regiões chega a 45 graus.
É importante ressaltar que o governo estadual já gastou cerca de 140 milhões de reais na adaptação das salas aos ares-condicionados.
Há preocupação do governo com alunos, professores e funcionários? Duvido!
O neoliberalismo se caracteriza pelo completo abandono dos serviços públicos pelo estado. Após entregarem empresas estatais à preço de banana para a iniciativa privada, tais como USIMINAS, LIGHT, VALE DO RIO DOCE e etc., o governo repassa verbas públicas (dinheiro nosso) na aquisição de bens e serviços de eficiência duvidosa. No caso dos ares-condicionados, nem isso, pois eles são alugados.
As matérias publicadas no jornal O DIA de 24 e 25 de fevereiro confirmam denúncias já feitas pelo SEPE-RJ e inclusive tiveram a nossa colaboração em sua elaboração.
Mas somente a denúncia não basta. Vamos exigir que esses contratos sejam investigados e o governador julgado por mais esse ato de desrespeito à população e aos profissionais de educação.