CRIME CONTRA POBRE. INVESTIGAÇÃO? QUANDO SOBRAR TEMPO.

Mais uma vez vemos o verdadeiro caráter de classe da polícia em nosso país.
Preso após assassinar e seviciar 6 adolescentes, em Luiziânia-GO, o doente Ademar dos Santos foi encontrado morto em sua cela, presumivelmente suicidou.
O que chama a atenção no caso, além da quantidade de vítimas, da brutalidade e frieza do assassino e da dor dos familiares, é o descaso da polícia nas investigações.
As famílias registraram os desaparecimentos e a polícia só foi iniciar as investigações muito tempo depois. Se iniciassem quando a primeira deu queixa, talvez os outros 5 jovens não estivessem mortos hoje. Mas não esqueçamos que todos eram pobres e da periferia. Quem se preocupa com essa juventude? Que já não tem escola de qualidade, emprego digno e morre aos montes nas favelas, vítimas de uma sociedade e às vezes da própria polícia que os condena já no útero de suas pranteadoras mães?
Uma das mães foi taxativa: “foi queima de arquivo! Como podem investigar o caso agora, já que o assassino está morto?”
Assassino pobre, morto. Vítimas pobres, mortas. Parentes pobres, sem solução para suas dores.
Retrato de uma sociedade de classes.