O fim da segunda guerra mundial, em que os comunistas tiveram peso crucial na derrota do nazi-fascismo, criou uma conjuntura propensa ao avanço das forças populares em todo mundo.
A essa ofensiva da simpatia popular ao comunismo a burguesia instituiu a “Guerra Fria”. Esse movimento desembocou em impiedosas ditaduras, principalmente na América Latina.
Naquele momento era imprescindível esmagar qualquer possibilidade de organização e avanço de políticas que mesmo reformistas pudessem criar “novas Cubas” no continente.
Organizações esmagadas, organismos de classe pelegos e fantoches e milhares de militantes mortos depois, verifica-se a tomada/retomada de vários governos de “esquerda”.
No Brasil, o advento do governo FHC (ex-“exilado”) inicia um processo de retirada de direitos dos trabalhadores e concomitante doação do patrimônio público aos grandes capitalistas (sobretudo banqueiros). Esse processo recrudesce com o acesso do ex-metalúrgico Lula ao planalto. Ele mesmo que a burguesia tratava em 1989 como um novo Fidel.
Lula não só mantém a política anterior como a aprofunda. Faz a Reforma da Previdência que nem FHC teve forças para fazer.
Recentemente testemunhamos o que parecia somente coisa de cinema catástrofe, a ascensão de um presidente negro nos EUA (catástrofe, pois quase sempre quando o mundo vai acabar em algum filme, o presidente estadunidense é negro).
Para grande parte da população americana e mundial (como foi para a brasileira a eleição de Lula), um presidente negro poderia redimir um país com um histórico racista, intervencionista, belicoso e imperialista. Pouco tempo se passou.
De concreto continuam as intervenções no Iraque e no Afeganistão, o auxílio bélico/econômico/político à estratégia genocida de Israel na Palestina.
Ontem mais uma constatação sobre a serviço de quem está Obama.
Mesmo contra seu próprio partido Obama aprovou na Câmara dos Deputados um corte de U$ 2,4 trilhões nos gastos públicos (saúde, educação, assistência social) e a possibilidade de contrair empréstimos para poder “honrar” seus compromissos com banqueiros especuladores.
Se no Brasil dizemos que “O PT é a esquerda que a direita gosta!” Sobre os EUA nada mais verdadeiro que as palavras do escritor paquistanês Tariq Ali “O império americano precisava desesperadamente de Obama!”.
ARTILHEIROS CARIOCAS! FLÁVIO RAMOS
Há 13 anos
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