5 de abril de 2010

TEMAS PARA UM DEBATE PRÉ-CONCLAT!

A aproximação do CONCLAT abre a perspectiva de debates há algum tempo esquecidos pela esquerda brasileira.
A gênese da CUT se deu num momento de ascensão do movimento popular e sindical, o que por si só empurrou aquela central a posturas mais à esquerda e de confronto com patrões e governos. Some-se a isso a luta pela retomada da democracia e das eleições diretas, que aglutinava diversos setores, independente de matizes ideológicos.
Os anos de sindicalismo atrelado ao Estado sedimentaram propostas para um sindicalismo independente, classista e de luta. O fim do imposto sindical, a organização por local de trabalho, o fim do presidencialismo e estruturação por ramo de atividade, foram alguns temas debatidos à época e “esquecidos” com a progressiva tomada dos sindicatos pela oposição cutista e conseqüente assimilação de métodos e estruturas burocratizadas por essa central.
Num momento de defensiva dos trabalhadores na luta de classes, com o governo com altíssimos níveis de aceitação popular se faz necessário mais que nunca repensar as ferramentas para retomada ofensiva da luta. Estruturas burocráticas só contribuem para a perpetuação do peleguismo e neopeleguismo no movimento sindical e popular e conseqüente travamento da luta.
O sindicato é uma escola para os trabalhadores, pode contribuir para elevá-los a uma concepção classista e revolucionária ou mantê-lo no corporativismo. Uma estrutura sindical que coloque nas mãos dos trabalhadores o rumo de seu sindicato é fator fundamental para o aprendizado socialista.
A iminência de fundação de uma nova Central propicia o rompimento de práticas e estruturas e impulsiona para a retomada do verdadeiro NOVO SINDICALISMO, outrora cantado em verso e prosa e convenientemente abandonado pela atual casta sindical.

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