28 de abril de 2011

MAIS UMA DO METRÔ! SÓ DO METRÔ??

Mais um fato chocante nos chega pelas câmeras de TV envolvendo o Metrô.
Além dos vagões lotados, atrasos, apagões, trânsito sem maquinista, nos choca a cena de agressão gratuita contra um passageiro, não aleatoriamente negro, acusado de ter pulado a roleta e ter tentado viajar sem pagar a passagem.
A grobo, que veiculou as cenas, entrevistou várias pessoas e todas indignadas insistiam que se tratava de falta de preparo dos seguranças da empresa no lidar com os passageiros. Alguns entrevistados reclamaram sensibilidade do “capitão do mato”.
A empresa se desculpou publicamente e disse que o “capataz” já havia sido afastado do trabalho.
Ao senso comum tudo não passa de um culpado individual e para a empresa um caso isolado.
Nada mais falso.
O estado brasileiro, capitalista, diga-se de passagem, tem nos últimos tempos aumentado os níveis de violência institucional, que vem sido denunciado pelo movimento sindical e popular, mas que estimulado pelos meios de comunicação de massas ganha repercussão entre a população, principalmente as camadas mais populares.
A criminalização dos movimentos populares, com prisão de manifestantes (vide o episódio da visita do Obama) e repressão violenta à manifestações (vide episódio da bomba nas escadarias da ALERJ em 2009) tem tentado impedir a livre manifestação popular de caráter classista e de oposição aos governos.
Os pobres, seja em suas manifestações reivindicatórias, seja nos deslocamentos para vender sua força de trabalho,seja em suas manifestações culturais, são vistos como marginais e bandidos, inimigos pois do "status quo".
É, logicamente, uma política pensada e acordada pelos ideólogos do capitalismo brasileiro no embate travado todos os dias na sociedade de classes em que vivemos.

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