6 de maio de 2011

FAÇA O QUE EU MANDO, NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO!

É impressionante a desfaçatez com que o governo estadunidense e a grande mídia internacional (inclusive a do Brasil) noticiam assassinatos, de homens, mulheres e crianças nos quatro cantos do mundo: Iraque, Líbia e Afeganistão, para citar os casos mais recentes, cometidos pelos EUA, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
No assassinato de Osama Bin Laden eles se superaram.
Nenhuma linha, palavra ou imagem em desacordo com os procedimentos assumidos pelos EUA. Ao contrário, os heróis, em uma cinematográfica ação, livraram o mundo do maior dos malfeitores, o inimigo público número um, um bandido capaz de desestabilizar econômica e politicamente todo o mundo.
Nenhuma palavra sobre o estímulo dado pelos próprios EUA à preparação militar da Al Kaeda, assim como já havia feito com Saddam Hussein, nenhuma palavra sobre o apoio financeiro e militar aos talibãs. Sujeira jogada para baixo do tapete.
Mas o maior assombro veio com a veiculação da notícia de que para “arrancar” a delação do esconderijo de Osama, o governo estadunidense se utilizou de tortura aos prisioneiros de Guantánamo.
Assombro para os que acham que tortura é crime hediondo. Para quem acha que todos merecem um julgamento justo, para quem acha que INVADIR um país soberano é como uma declaração de guerra.
Para os “lambe-botas” da grande mídia (a rede grobo à frente), tudo normal. Renato Machado quase sorriu quando deu a notícia da tortura.

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