2 de março de 2010

ESTÃO MATANDO A GALINHA DOS OVOS DE OURO.

Além da ajuda dos árbitros nas derrotas de Macaé e Friburguense, o que mais chamou a atenção na primeira rodada da Taça Rio foi o baixíssimo número de torcedores. Menos de 10.000 nos 8 jogos.
Alcunhado o mais charmoso do Brasil, o campeonato carioca vem sofrendo ao longo dos anos.
Antes disputado por clubes tradicionais da capital e interior, que tinham alguma identificação com as comunidades locais, se tornou um torneio em que times de empresários, de história recente, se esforçam para revelar jogadores para outras equipes. Será que veremos surgir um Zózimo Calazans no Boavista? Um Ronaldo num Tigres? Creio que não.
A barganha política com “dirigentes” de ligas do interior feita pelo herdeiro do Caixa D’água, Rubinho (aquele que afundou o Bangu, jogando às moscas esse clube tão querido de todos que o conhecem, cuja história se confunde com a do próprio futebol) inchou com 16 clubes um torneio que talvez comportasse 10, trepando jogos numa profusão de dias e horários nunca antes vistos.
Um capítulo a parte é o preço do ingresso. Como professor do município do Rio pago 6 reais para ir ao cinema em Bangu, pago 15 reais para assistir a uma peça no Teatro Cândido Mendes, mas tenho que pagar 25 para ver um jogo no Maracanã ou 20 no Engenhão, não vou nem entrar no mérito da qualidade do espetáculo.
Os grilhões “impostos” aos clubes pela TV dita um Botafogo X Duque de Caxias às 21h50 de quinta-feira. Quando há trem, a “Super”via só coloca uma composição para cada destino, atrasando a saída para que todos embarquem.
Resumo: paga-se caro; assiste-se a um espetáculo de qualidade duvidosa; invariavelmente não há surpresa nos resultados; chega-se de madrugada em casa e isso várias vezes por mês.
Quem aguenta?

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