1 de março de 2010

VENDE-SE DE TUDO E P. NO C. DO MUDO!

A cantilena que se iniciou no governo Collor de que o Estado não deveria imiscuir-se na gestão de empresas, que essas eram deficitárias, que o Estado deveria se preocupar com saúde, segurança e educação e que desembocou na “venda” estatais gigantes e estratégicas, tem demonstrado sua total incorreção e de nefandas conseqüências para a população.
A mesma imprensa que dizia que os serviços públicos melhorariam com a privatização, hoje reconhece o precário serviço que presta a Light/Ampla com seus apagões, aumentos nas tarifas e demora nos reparos, denunciam os espancamentos, a superlotação e acidentes nos trens e reconhecem a Oi como campeã de denúncias no Procon. Agora é fácil, já está tudo vendido! E com o apoio da imprensa vendida!
O assunto que tem tomado espaço na imprensa é o caos que se tornou o Metrô do Rio. Super lotado no horário de rush, apagões, confusão nos embarques/desembarques, aumento de intervalo entre um trem e outro, etc.
Além de ridiculamente pequeno em sua malha, São Paulo é totalmente recortada pelo seu, o Metrô do Rio obedece a mais fria lógica do capital, quanto menos trens circulando e menos operadores trabalhando (NA “SUPERVIA” JÁ HOUVE ATÉ TREM ANDANDO SEM MAQUINISTA), significa mais passageiros com menos gasto. Esse raciocínio é seguido tanto pelo Metrô quanto pelas famigeradas empresas de ônibus, reproduzindo a lógica perversa de que em primeiro lugar o lucro em segundo, o lucro e em terceiro, o lucro.
O Estado por sua vez, finge fiscalizar os serviços que deveriam ser de sua responsabilidade. Quando o assunto vem à baila com alguma ênfase, essas agências fiscalizadoras se pronunciam, juram penas, mas quando a poeira abaixa tudo é esquecido.
Aos trabalhadores resta a ação direta, como aquela realizada na metade da década de 80, quando milhares de trabalhadores desencadearam uma revolta contra o aumento da passagem dos ônibus e quebraram dezenas de coletivos. Em poucas horas o preço retornou ao que era antes e os empresários/governos passaram a aumentá-los somente aos finais de semana quando menos trabalhadores estão nas ruas.

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